Agressão física e moral: O Marista mostra que os valores não estão na escola

Após ler o relato do pai que teve o filho agredido no Colégio Marista de Palmas, parei para fazer uma profunda análise de tudo que li e ouvi sobre a questão. De antemão adianto que vejo como inadmissível que uma criança seja agredida por três adolescentes, em qualquer que seja a situação. 

Para começar gente, onde estavam os responsáveis pela escola quando tudo ocorreu? O colégio é particular, os pais pagam dobrado, visto que já pagam impostos para ter escola de qualidade e não tem, então não tem desculpa pra falta de funcionários para manter a forma ordem não é? 

Em segundo lugar, por que a escola está dificultando a punição dos três adolescentes que agrediram a criança? Punir não é preciso? A escola quer passar para esses alunos a visão de que, na vida, os "maristinhas" não serão punidos nunca? 

Em terceiro lugar, aquele buraco que dá acesso à avenida é ridículo. Há muitos anos ele é ridículo. Permite que crianças e adolescentes passem para a avenida de forma e mais rápida, porém tumultua o trânsito e expõe as crianças, os pais e quem passa pela rua a stress e violência no trânsito. 

Em quarto lugar, mesmo que o menino de onze anos tenha agredido os três adolescentes- o que ele teria que ser um Bruce Lee para conseguir, porque a escola não se posiciona? Porque a escola não toma atitude? Por que a escola se omite e se esconde atras de portas e de advogados? A escola é conivente com a violência? 

Eu não sou mãe. Fui criada em um sistema em que eu estaria sempre errada, porém por mais tugúrios ou relapsos que os pais sejam eles sempre sabem até onde seu filho é capaz de ir. O Roni e a esposa deram a cara a bater e foram defender seu filho por confiarem na educação que dão aos seus três meninos e por saber até onde seu filho é capaz de ir. 

Cadê os pais, ou pelo menos o sobrenome deles, dos três adolescentes? Será que eles se defendem sozinhos, sem sobrenome por que os pais não querem se envolver ou porque os pais são ausentes o suficiente para que não se preocupem em estar ou não formando marginais? 

A escola informa que não conseguiu localizar o pai de nenhum dos três. Será mesmo que procurou? Ou será que os sobrenomes são tão fortes que a escola se esconde no medo de perder benefícios e alunos? 

Se eu tivesse um filho ele não estudaria no Colégio Marista. Este incidente e o incidente do recreio "se tudo der errado" serviu para mostrar que os valores Marista não servem para minha índole e para aquilo que considero justo e honrado. 

Ainda torço para que a justiça seja, de fato, feita em Palmas. 




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