O ritmo que o Youtube e a internet impõem à música



Olha eu aqui de novo! Vocês pensaram que minha promessa de comparecer com periodicidade havia sido apenas uma promessa de período eleitoral. Podem confessar que pensaram isso. hehehe Uma pena, pois dessa vez, por enquanto vocês estão super enganados, voltei a levar meu blog a sério. Estabeleci uma meta e irei voltar aqui com muita regularidade. Foi verdade aquilo que escrevi quando disse que estava com saudade de vocês! (Aí que fofa eu estou)! Não falei da boca para fora.

Sobre o que vou falar hoje? Pensei muito em sobre o que escrever no segundo post do meu retorno. Decidi que não iria falar sobre nenhum artista em especifico ainda. Hoje quero falar um pouco sobre tendências e ferramentas que há 15 anos eram vistas como desvaneios de otimistas. De qual ferramenta eu falo?  É claro que é a internet, mas no momento quero me referir com especificidade ao Youtube.

O Yotube foi criado em 2005. O objetivo desse canal é permitir que usuários compartilhem vídeos. Só que esse compartilhar vídeos tem levado alguns artistas a patamares fenomenais graças a força que o canal e sua marca adquiriram ao longo desses onze anos. Você ainda dúvida? Vou te dar alguns exemplos clássicos: Onde que todo mundo viu o Cristiano Ronaldo dançar o #AíSeEuTePego? Onde foi que o mundo buscou Neymar dançando o #TchuTchaTcha? Um exemplo super legal também é o da britânica Lilly Allen que estava desacreditada quando colocou #Smile no youtube, Em poucos dias a musica chegou a marca de milhões de visualizações e revelou a cantora para o mundo.

Quando essa ferramenta ganhou força no Brasil, os escritórios de música, principalmente os de música sertaneja, estavam alucinados por números. A quantidade de visualizações era o mais importante (não que ainda não seja). Os famosos "Motorzinhos" entraram em cena. Era uma maneira de burlar o youtube, ganhar milhões de visualizações  - fakes é óbvio - e colocar os vídeos entre os mais vistos no Brasil. Muita gente fez uso dessa ferramenta. Muita gente teve vídeos removidos e até canais bloqueados.

Vivemos hoje um novo momento no cenário musical. Os escritórios são melhores assessorados, contrataram profissionais em digital Media - antigamente era o garoto da informática que cuidava de tudo. Os nossos artistas já entendem um pouco sobre a ferramenta e sabem que é preciso um planejamento muito bem elaborado e uma execução completamente bem feita e que siga a risca o planejamento inicial. Algo além disso é dinheiro perdido.

Estamos em uma realidade em que clipes com roteiro, que haviam sido substituídos por DVD's, voltaram a existir graças ao youtube. Nesse canal maravilho, o fã busca o artista, levanta sua vida, suas histórias, faz comparativos, interage com o ídolo e, se tiver interesse, pode criar seu próprio canal para divulgar o seu artista preferido. É um momento bem diferente do que muitos artistas consagrados estão acostumados.

Hoje o Youtube está pautando os musicais da televisão. Quem não está antenado se perde. Não sabe de onde veio e para onde vai. E é também graças ao Youtube e a versatilidade que toda a internet propõe que temos cada vez menos tempo de vida para uma música. O momento digital é veloz, versátil e completamente dinâmico. Se há 20 anos atrás um artista podia trabalhar uma música por doze meses, hoje ele não pode se dar esse luxo. Com 90 dias ela está gasta, velha. Se não houver uma virada e com a qualidade que os fãs esperam, o artista despenca.

Outra coisa muito importante de ressaltamos no que diz respeito ao Youtube é que ele é o futuro. Pegunte aos seus sobrinhos mais novos, aos filhos dos seus amigos ou aos seus filhos que tenham menos de 15 anos sobre cinco personalidades para eles. Aposto com você se três delas não serão Youtubers. São com os Youtubers que eles aprender dicas de jogo, dicas de disciplina de escola, dicas de maquiagem, de roupas, de música, de moda e até tiram dúvidas da escola. Então gente não adianta, a televisão e o rádio perderam um grande espaço para o Youtube. E é lá que está não apenas o futuro da música, mas o futuro da televisão.

Os investimentos nesse canal estão cada vez maiores e com  melhor qualidade. Para quem não é do meio, as diversas ferramentas que os profissionais utilizam para avaliar, pesquisar, acompanhar, monetizar, pagar no youtube são iguais o funcionamento da turbina de um avião para quem não entende nada de mecânica. Para fazem bem feito, é preciso ter conhecimento se não em todas, mas em grande parte dessas ferramentas.

Outra coisa bastante legal do Youtube é a possibilidade do retorno financeiro. Ao contrário da televisão ou da rádio, nas quais você apenas investe para veicular uma música ou uma propaganda, no Youtube o proprietário do canal, no caso o artista, investe para a música ter mais visualizações - mas também recebe pela quantidade de visualizações que seu canal tem. É uma parceira boa que minimiza investimentos, não acham?

Eu sou encantada com o Youtube. Vejo que todas as plataformas digitais, mas principalmente ele, estão oferecendo um novo ritmo à música. Um ritmo mais acelerado, dinâmico e que exige preparação e conhecimento. Não são todos que estão aptos para isso.

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