A polêmica do Caldas Country

A edição 2012 do Caldas Country certamente será lembrada pela quantidade escândalos e críticas ao evento. Informações sobre assaltos, vandalismo, sexo nas ruas, foto de sexo circulando pela internet, desabafos de artistas e outros afins foram, e continuam sendo, veiculadas constantemente na internet.

Até o Ministério Público do Estado de Goiás enviou release para imprensa informando que pretende encontrar maneiras de proibir a edição 2013 do evento. A assessoria do  MPE/GO informou que vai investigar as denúncias de uma série de vandalismos ocorridos em Caldas Novas durante o último fim de semana, quando ocorreu o 7º Caldas Country Show. Entre as medidas estudadas, estão o impedimento da realização da festa no ano que vem.

O promotor da 5ª Promotoria de Justiça da cidade, Pedro Eugênio Beltrame Benatti, afirmou que será ajuizada uma ação nos próximos dias para suspender a venda antecipada dos ingressos dos shows de 2013. O promotor disse á imprensa, em entrevistas, que as cenas veiculas dão a entender que Caldas Novas é uma cidade sem lei.

Eu acho isso um extremo e absurdo! Primeiro item: O Caldas Country é um evento fechado. Os crimes mencionados não foram realizados dentro da estrutura do evento. Segundo item: se houve aumento do vandalismo e da criminalidade a culpa é da segurança pública estadual que não se preparou para o aumento da população. Ou alguém quer me convencer que em Salvador, por exemplo, na época do carnaval, a criminalidade é mesma no restante do ano?

Terceiro:  Vamos voltar a sete anos, quando Caldas Novas ainda não sediava o Caldas Country. Qual era a lembrança da cidade? Uma cidade de turismo de velhos. Nada de badalação  e de movimento. Quero saber se alguém já conversou com os empresários e moradores da cidade se eles concordam com o cancelamento do evento. Tenho certeza que não, por que a época do evento é certamente a mais rentável na cidade.

Quinto: Desde quando o organizador de um evento é responsável pelos meus atos após eu sair embriagada do evento? Meu povo, existem coisas chamadas livre arbítrio e liberdade. Ninguém é obrigado a beber e muito menos a fazer presepada. Se as pessoas fazem certamente o culpado não é o organizador do evento. Tenho certeza que eles são as pessoas que mais gostariam de que não houvesse confusão e que os dias fossem mais tranquilos.

Eu penso que cancelar um evento por conta do abuso de alguns é o mesmo que proibir que as pessoas se locomovam de carros porque acontecem acidentes. A criminalidade na cidade na época do evento cresceu espantosamente mesmo. Porém a obrigação de segurança na cidade não é da organização do evento. Cabe ao governo estadual, que é o responsável pela segurança pública, tomar medidas. Que tal pensarmos nisso?

Protelei muito até falar sobre isso aqui. Não queria me envolver com a confusão, mas as coisas estão ficando estapafúrdias e não consegui me abster. O festival é lindo. É uma festa maravilhosa e que quem já foi como público ou como artista jamais esquecerá! Eu, por exemplo, jamais esquecerei vários momentos do evento. E tenho certeza que cantores que foram revelados no evento e que tiveram oportunidades lá também não vão esquecer.

É bom colocar os pingos nos “is” e ver que  nem sempre o organizador do evento é um vilão destrutor de vidas!