Quarenta anos atrás, uma família do interior do Paraná desembarcou na estação de trem Julio Prestes, em São Paulo, para tentar a sorte na cidade grande.
“Quando o Xororó me ligou, achei fosse trote. Juro por Deus. Quase desliguei. Sou muito fã deles”, revela a cantora Maria Gadu.
“Eles são o expoente mais decisivo da história da música sertaneja moderna”, define Caetano Veloso.
Caetano Veloso, Maria Gadu, Djavan, Jair Rodrigues, Fafá de Belém, Alexandre Pires, Fábio Jr., Sandy e Junior, maestro João Carlos Martins. O timaço se reuniu em um show de gala para celebrar os 40 anos de carreira de Chitãozinho e Xororó.
Quando Chitão e o Xororó chegaram do norte do Paraná em São Paulo, eles ainda não eram Chitão e o Xororó. Eles eram o José e o Durval, que são os nomes reais. E eram duas crianças. “Eu usava fralda longa e ele usava fralda curta”, diverte-se Chitão.
“A gente era muito pequeno, não sabíamos que a música poderia virar uma profissão na nossa vida”, conta Xororó. “A gente cantava porque gostava, para a gente era uma diversão”, explica o irmão.
Nesse show de 40 anos eles, cantam ‘Saudades de Minha Terra’, de 1970. Perguntados por que decidiram comemorar os 40 anos com um concerto sinfônico de música sertaneja, Chitão revela: “A gente sempre teve o sonho de colocar a música sertaneja com essa roupagem, clássica, ‘classuda’, bonita, bem arranjada”.
Mas nem sempre foi assim: “As pessoas tinham vergonha. Gostavam da música, mas tinham vergonha de falar que gostavam porque era uma coisa que vinha do interior, uma coisa de caipira, continua o cantor. “Sofremos muito preconceito”.
Xororó lembra: “Por cantar música sertaneja, que era chamada de música caipira na época, a gente era encostado do futebol, das brincadeiras de moleque, nos bairros, porque a gente cantava música capira”.
Nessa época, Chitãozinho ainda teve que começar a trabalhar. “Quando eu fiz 14 anos, fui lá, tirei a carteira de trabalho, porque eu precisava ajudar em casa”. A dupla reviveu esse momento no quadro ‘Antes da Fama’, do Video Show.
“Eu trabalhei um ano, dos 14 aos 15 anos. E quando tinha folga, saía para cantar”, explica Chitão. Foram muitos bicos, cachês simbólicos, até chegar ao palco da maior sala de concertos do Brasil.
“O cachê dava para a gente pagar os dois ingressos do cinema e duas pipocas. Nada mais e acabava a grana”, lembra Xororó.
Até eles chegaram ao palco de uma das maiores salas de concerto do país.
A dupla lembra que em 1982 eles lançaram ‘Fio de Cabelo’, que vendeu um milhão e meio de cópias. Foi aí que aí o Brasil começou a conhecê-los. Conhecer e imitar. Sim, lançaram moda!
“A gente chegava no show e tinha um monte de Chitãozinho e Xororó na frente do palco. Era homem e mulher com o mesmo cabelo”, lembra Chitão.
Sobre o cabelo, Chitão avisa: “Agora o cabelo nem dá”. Já Xororó se explica: “O meu acho que daria ainda, mas eu acho que tudo é o momento. Hoje, acho que não dá mais. A idade não deixa”.
Para Xororó, entre tantos momentos de emoção, um foi especial: dividir o palco com os filhos, Sandy e Junior. “E aí eles falaram: ‘Não, pai, nesse DVD a gente tem que estar juntos, vale muito a pena a gente voltar para fazer essa participação’. Mas na hora do palco ali, a emoção vem mais, aí eu tive que me segurar porque a música é muito aguda, senão a voz não sairia, eu não ia dar conta de cantar. Mas engoli em seco, aqui e foi”.
“Para mim, também um momento bacana foi quando a gente cantou ‘Inseparáveis’. É uma música romântica e que tem muito a ver com a gente, com a nossa história. No final a gente se abraçou e o público sentiu a emoção”, conta Chitão.
“A nossa vida profissional é uma vitória, a gente às vezes não acredita que nós chegamos tão alto. Imagina a gente chegando criança do Paraná sem saber o que ia acontecer na vida. E hoje, a gente ter uma história dessas para contar é um privilégio”, destaca Chitão.
O show que marcou os 40 anos da dupla terminou com um clássico da música caipira: “Luar do sertão”. ( Do site do Fantástico)
“Quando o Xororó me ligou, achei fosse trote. Juro por Deus. Quase desliguei. Sou muito fã deles”, revela a cantora Maria Gadu.
“Eles são o expoente mais decisivo da história da música sertaneja moderna”, define Caetano Veloso.
Caetano Veloso, Maria Gadu, Djavan, Jair Rodrigues, Fafá de Belém, Alexandre Pires, Fábio Jr., Sandy e Junior, maestro João Carlos Martins. O timaço se reuniu em um show de gala para celebrar os 40 anos de carreira de Chitãozinho e Xororó.
Quando Chitão e o Xororó chegaram do norte do Paraná em São Paulo, eles ainda não eram Chitão e o Xororó. Eles eram o José e o Durval, que são os nomes reais. E eram duas crianças. “Eu usava fralda longa e ele usava fralda curta”, diverte-se Chitão.
“A gente era muito pequeno, não sabíamos que a música poderia virar uma profissão na nossa vida”, conta Xororó. “A gente cantava porque gostava, para a gente era uma diversão”, explica o irmão.
Nesse show de 40 anos eles, cantam ‘Saudades de Minha Terra’, de 1970. Perguntados por que decidiram comemorar os 40 anos com um concerto sinfônico de música sertaneja, Chitão revela: “A gente sempre teve o sonho de colocar a música sertaneja com essa roupagem, clássica, ‘classuda’, bonita, bem arranjada”.
Mas nem sempre foi assim: “As pessoas tinham vergonha. Gostavam da música, mas tinham vergonha de falar que gostavam porque era uma coisa que vinha do interior, uma coisa de caipira, continua o cantor. “Sofremos muito preconceito”.
Xororó lembra: “Por cantar música sertaneja, que era chamada de música caipira na época, a gente era encostado do futebol, das brincadeiras de moleque, nos bairros, porque a gente cantava música capira”.
Nessa época, Chitãozinho ainda teve que começar a trabalhar. “Quando eu fiz 14 anos, fui lá, tirei a carteira de trabalho, porque eu precisava ajudar em casa”. A dupla reviveu esse momento no quadro ‘Antes da Fama’, do Video Show.
“Eu trabalhei um ano, dos 14 aos 15 anos. E quando tinha folga, saía para cantar”, explica Chitão. Foram muitos bicos, cachês simbólicos, até chegar ao palco da maior sala de concertos do Brasil.
“O cachê dava para a gente pagar os dois ingressos do cinema e duas pipocas. Nada mais e acabava a grana”, lembra Xororó.
Até eles chegaram ao palco de uma das maiores salas de concerto do país.
A dupla lembra que em 1982 eles lançaram ‘Fio de Cabelo’, que vendeu um milhão e meio de cópias. Foi aí que aí o Brasil começou a conhecê-los. Conhecer e imitar. Sim, lançaram moda!
“A gente chegava no show e tinha um monte de Chitãozinho e Xororó na frente do palco. Era homem e mulher com o mesmo cabelo”, lembra Chitão.
Sobre o cabelo, Chitão avisa: “Agora o cabelo nem dá”. Já Xororó se explica: “O meu acho que daria ainda, mas eu acho que tudo é o momento. Hoje, acho que não dá mais. A idade não deixa”.
Para Xororó, entre tantos momentos de emoção, um foi especial: dividir o palco com os filhos, Sandy e Junior. “E aí eles falaram: ‘Não, pai, nesse DVD a gente tem que estar juntos, vale muito a pena a gente voltar para fazer essa participação’. Mas na hora do palco ali, a emoção vem mais, aí eu tive que me segurar porque a música é muito aguda, senão a voz não sairia, eu não ia dar conta de cantar. Mas engoli em seco, aqui e foi”.
“Para mim, também um momento bacana foi quando a gente cantou ‘Inseparáveis’. É uma música romântica e que tem muito a ver com a gente, com a nossa história. No final a gente se abraçou e o público sentiu a emoção”, conta Chitão.
“A nossa vida profissional é uma vitória, a gente às vezes não acredita que nós chegamos tão alto. Imagina a gente chegando criança do Paraná sem saber o que ia acontecer na vida. E hoje, a gente ter uma história dessas para contar é um privilégio”, destaca Chitão.
O show que marcou os 40 anos da dupla terminou com um clássico da música caipira: “Luar do sertão”. ( Do site do Fantástico)
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