Vocês já ouviram falar que as mulheres que movem o mundo? Agora, mais do que nunca, isso é verdade. Pelo menos no Brasil - quando o assunto é empreendedorismo - elas estão dando show. De acordo com o levantamento mundial Global Entrepreneurship Monitor 2017, que no Brasil é realizado em parceria com o Sebrae, mais de metade dos novos negócios abertos em 2016 foi fundado por mulheres.
Elas são mais escolarizadas do que os homens empreendedores e atuam, principalmente, no setor de serviços. A taxa de empreendimentos iniciados no país, desde 2007, oscila entre 47% e 54% para homens e mulheres. Em 2016, a taxa foi de 48,5% para homens e 51,5 % para mulheres. Segundo a pesquisa são cerca de 7,9 milhões de empreendedoras no país.
Este é o caso da jornalista Érica Lima, que há sete anos empreende no mercado digital, como blogueira. Érica, quando criou o blog, quis aproveitar seu talento e sua formação para impulsionar a venda de produtos de beleza que lhe garantiam uma renda extra. No decorrer dos anos, ela deixou a venda de cosméticos de lado e passou a ter o blog como uma nova renda. "O blog hoje é o meu negócio", enfatiza.
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| A jornalista Érica Lima empreende no mercado digital |
A jornalista destaca que, como todo empreendimento, o blog teve que passar por ajustes no decorrer dos anos. "O blog foi criado com público especificado. A ideia sempre foi atingir o público feminino, mas desde a sua criação tive que trabalhar focos e “pivotar” minha área de atuação várias vezes. Deixei de falar apenas de beleza e passei a falar de moda, depois deixei adaptei uma coluna social e atualmente, depois de um replanejamento, tenho o trabalho totalmente voltado para o público feminino, com reportagens com assuntos de interesse da mulher", explicou.
A empreendedora destaca ainda que para que o blog crescesse ela te que se qualificar. "Tive que aprender a pensar em estratégias para atingir o meu público. Além disso, eu também tive que aprender a agradar o público feminino e a fazer o modelo de negócio que escolhi".
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| A digital influencer arriscou e resolveu empreender no ramo da moda |
Já a marketeira Camila Peara fez o caminho inverso de Érica Lima. Camila se dedicou a ter destaque como digital influencer de pois abriu sua loja multimarcas. De acordo com ela, o seu negócio não começou de maneira pensada.
"Não foi uma coisa pensada, foi acontecendo. Eu gostava de usar minhas redes, dar dicas, mostrar meu dia a dia, e tinha lá os meus amigos, e aí gente que eu não conhecia fora da internet começou a me seguir, e hoje eu tenho esse monte de gente linda que me segue, que troca ideia, que manda força. Gosto demais! A coisa começou a ficar mais seria porque amigos, donos de lojas onde eu comprava, e de onde eu mostrava os produtos, perceberam que as vendas aumentavam e começaram a querer que eu fosse parceira deles", disse ao explicar como tudo começou. Camila ressalta que, no decorrer do tempo, foi necessário mais investimento e dedicação. Foram necessários investimentos em fotógrafos, assessoria, agência, e em mais conhecimento sobre o segmento da moda.
E foram esses novos conhecimentos que fizeram com que Camila pudesse voar mais e realizar o seu antigo sonho: abrir uma loja de roupas. De acordo com ela, ser digital influencer auxiliou no processo por facilitar a comunicação com a pessoas para falar dos seus produtos. Porém ela destaca que o desafio de empreender e tocar uma empresa não é fácil em segmento nenhum.
"Ser influencer me ajuda a ter um canal de comunicação aberto pra falar dos meus produtos, mas isso é só um caminho pra comunicar minha marca. É preciso muito mais. E claro, ser empresária exige habilidades que não tem nada a ver com ser influencer, então com certeza a gente tem que querer e cair de cabeça, porque empreender não é fácil mesmo!"
Ao serem questionadas sobre quais dicas dariam para quem deseja começar a empreender, as duas são enfáticas ao destacar que foco, força de vontade e planejamento são essenciais. Érica, foi um pouco mais especifica ao falar sobre empreender com blog destacando que os blogs estão sendo sucumbidos por mídias sociais como instagram e facebook por que falta adaptação e personalização. Por isso, segundo ela, quem deseja investir em um blog deve "analisar o tipo de conteúdo que será apresentado. Conteúdos mais personalizados não cabem mais nos blogs modernos. E depois ter força de vontade para manter o blog com conteúdos atuais e que chamem a atenção do público", finalizou.
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